A Fórmula Mágica de Joel Greenblatt para Bater o Mercado de Ações

A Fórmula Mágica de Joel Greenblatt para Bater o Mercado de Ações

A Fórmula Mágica de Joel Greenblatt para Bater o Mercado de Ações apresenta um método objetivo de escolher ações para investir no longo prazo.

Neste livro enxuto, publicado originalmente com o título The Little Book That (Still) Beats the Market, o professor e gestor de fundos Joel Greenblatt mostra que a tarefa de encontrar boas empresas para investir no longo prazo não é tão difícil quanto parece.

Para isso, Greenblatt explica os conhecimentos essenciais para ter sucesso nesse mercado e demonstra a sua metodologia para classificar as melhores empresas para se investir — o que ele chama de “Fórmula Mágica”.

Confira os principais insights do livro!

Estimamos o valor de um negócio segundo expectativas de lucratividade futura

Suponha que a Padaria do Bairro teve um lucro de R$200.000,00 no ano passado, depois de descontados os custos de aluguel, funcionários, matéria-prima, impostos etc.

Se conferirmos a contabilidade da padaria, vemos que o lucro nos últimos anos foi crescente. Assim, é razoável estimar que o negócio conseguirá manter o lucro de pelo menos R$200.000,00 ao ano nos anos seguintes.

Então, se estipularmos que a Padaria do Bairro vale o equivalente a uns 10 anos do lucro que ela gera, diríamos que essa empresa vale R$2.000.000,00 (200.000 x 10).

É claro que essa é uma forma bem básica de se valorar um negócio (fazer o valuation), mas é um conceito importante para entendermos a Fórmula Mágica mais adiante.

Esperamos que o investimento em ações dê ganhos maiores que o mais seguro dos investimentos

Imagine que os donos da Padaria do Bairro queiram vender parte do negócio para conseguir dinheiro e expandir a empresa. Então, eles a dividem em 1 milhão de ações.

Eles acham aqueles R$2.000.000,00 um valor justo pela empresa e por isso colocam cada ação a venda por R$2,00 (2.000.000 / 1.000.000).

Agora pense o seguinte: com a companhia lucrando R$200.000,00 por ano, teríamos um lucro equivalente a R$0,20 por ação (200.000 / 1.000.000).

Ou seja, num cálculo grosseiro e levando em conta que 100% do lucro será distribuído entre os acionistas, se você investe R$2,00 numa ação, terá um retorno esperado de R$0,20 — um ganho de 10% (0,20 / 2) ao ano, que o autor chama de rendimento dos resultados.

Vejamos como fica essa rentabilidade comparada ao investimento em uma das alternativas mais seguras que temos — os títulos públicos via Tesouro Direto.

No momento da publicação deste post, o Tesouro Selic está rendendo em torno de 2,25% ao ano. Já o título Tesouro Prefixado com vencimento em 2026 está rendendo em torno de 6,50% ao ano.

Dessa forma, um investidor poderia comprar ações da Padaria do Bairro com a expectativa de obter um retorno mais interessante. Mas é claro que há riscos envolvidos. Não existe garantia de que o lucro anual vai se manter crescente ou mesmo que a empresa continuará lucrativa, por exemplo.

Observamos o preço de uma ação variar mesmo que o valor da empresa não se altere

Agora vamos pensar em empresas cujas ações são negociadas em bolsa. Como vimos de maneira simplificada, se multiplicarmos o número de ações existentes pelo preço do papel, temos o valor da empresa.

Acontece que na bolsa a cotação das ações está sempre variando. Isso se deve a muitos fatores, especialmente às emoções dos participantes do mercado.

As pessoas podem sentir vontade de comprar quando estão otimistas ou de se desfazer das suas ações quando estão pessimistas, o que não necessariamente tem a ver com o desempenho das empresas.

Mas no contexto deste livro os motivos para as oscilações não importam muito. O que importa é que isso acontece e eventualmente encontraremos ações baratas de negócios que geram ótimos resultados.

Essa pode ser uma oportunidade de comprar ações com bom potencial de rentabilidade. Chamamos essa diferença entre o preço barato da ação e o que seria o preço justo para aquele papel de margem de segurança.

Analisamos o retorno sobre o capital como um indício da qualidade da empresa

Em termos simples, o retorno sobre o capital é quanto dinheiro uma empresa consegue gerar com os investimentos que faz no próprio negócio.

Voltando no exemplo da Padaria do Bairro. Se em um dado ano ela investe R$10.000,00 por forno industrial e nesse mesmo ano consegue ganhar R$5.000,00 com o que produz em cada forno, o retorno sobre o capital é de 50% (5.000 / 10.000).

Então, podemos usar esse indicador como uma pista em relação à qualidade da companhia. Quanto maior for o retorno sobre o capital, melhor tenderá a ser a empresa.

Calculamos a Fórmula Mágica com base no rendimento dos resultados e no retorno sobre o capital

A ideia da fórmula mágica é fazer uma classificação de ações de empresas muito boas — com bom retorno sobre o capital — a um preço mais barato do que seria o preço justo pelo papel.

Acontece que encontrar o preço justo envolve métodos de valuation mais sofisticados que aquele que vimos no início do post. Então, já que é complicado prever os lucros futuros e estimar quanto a empresa vale de verdade, a fórmula olha para o ganho em relação ao preço — o rendimento dos resultados.

Então, para calcular a fórmula mágica, primeiro pegamos a lista de ações disponíveis para negociação e aplicamos alguns filtros (por exemplo: retirar empresas de serviços de utilidade pública e do setor financeiro).

Em seguida, ordenamos as ações conforme um indicador de retorno sobre o capital, que encontramos com a sigla ROIC (Return On Invested Capital ou “Retorno sobre o Capital Investido”).

O ranking deve ser do maior para o menor. A ação com maior ROIC recebe o número 1 (posição 1), a que vier em seguida o número 2 e assim sucessivamente.

Depois, classificamos os papéis pelo rendimento dos resultados. Para isso, podemos usar a divisão EV/EBIT. EV é o “Valor da Firma” ou Enterprise Value e EBIT é o “Lucro antes de Juros e Impostos” ou Earnings Before Interest and Taxes.

O ranking deve estar do menor EV/EBIT para o maior. Assim, a ação com menor EV/EBIT recebe o número 1, a que vier em seguida o número 2 e assim sucessivamente.

Para finalizar, juntamos os dois rankings. Somamos a posição de um com a posição do outro e depois ordenamos as ações de acordo com essa soma, da menor para a maior.

Pronto! Agora o autor recomenda investir nas primeiras 20 ou 30 ações, permanecendo com elas durante um ano, vendendo-as ao final desse período, refazendo o cálculo da fórmula mágica, comprando as 20 ou 30 primeiras e assim por diante…


Lembrando que a fórmula mágica deve ser usada para investimentos no longo prazo e apesar de receber esse nome, não é infalível. Por isso, no livro o autor explica melhor estudos sobre o desempenho desse método e dá instruções para comprar essas 20 ou 30 ações gradativamente.

É evidente que a Fórmula Mágica é o núcleo da obra, mas vale a pena ler as histórias do autor que explicam os princípios por trás do seu método de classificação de ações.

Gostou das ideias d’A Fórmula Mágica de Joel Greenblatt para Bater o Mercado de Ações? Então não deixe de ver o vídeo no início do post, em que falo do livro e mostro um tutorial de como fazer a sua própria planilha com a Magic Formula.

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